segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Aqui jaz…




O aborrecimento que me faz ter tormentas de humor e mudanças repentinas de anseios. A loucura que me obriga a tomar as decisões mais miraculosas. A intriga que me consome nos momentos mais indevidos. A curiosidade que eu nunca cheguei a ter, mas sempre precisei para ir além. O entusiasmo que tantas vezes joguei fora sem perceber por não conseguir alcançar um objetivo momentâneo. A euforia de tudo o que já realizei e comemorei. A alegria que construiu um grande muro em minha história e deixou marcas. A dúvida que me persegue sempre tão inquilina de mim. A apatia que me arranca com facadas a vontade de viver. A verdade que nunca me mostrou caminho algum se não a dor. A soberba que me fez ter orgulho excessivo do que nem se quer pertence a mim. A covardia que me consumiu tantas vezes por eu não ter dito o que pensava, ou feito o que devia. A pressa que é inimiga da perfeição que eu não costumo ter. A fé que pouco importa. A inveja que luta contra a moralidade e tenta estar ali, sempre presente. O triunfo passageiro. A generosidade que em passos lentos caminha. A beleza que rodeia aos arrogantes e nobres em contextos diversificados. A timidez que me prende. A liberdade que encontrei abandonada em uma esquina qualquer. O egoísmo que segue em minha sombra perdida. A mentira que ronda distraída. A paixão que arde pra cessar. O desejo que domina a mente. O esquecimento que me permite tirar de vista tudo aquilo que nunca quis que partisse para sempre. O talento que nem todos têm, que todos querem, que quem tem não usa, quem não tem sente a falta. A angustia que aperta o peito e nos lança machadadas ao vento. Só não jaz o meu amor, porque o amor só tem rigor, ele afaga e nunca cansa, é tão puro e inocente que desfaz laços sem notar. O amor está em nós e nós estamos no amor.

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