sábado, 31 de julho de 2010

Medo do Medo


Nessa noite passada, eu diria madrugada, estive com uns amigos, a conversa se prolongou por horas e mais horas. Como de praxe o assunto rodou e rodou até chegar àquele que mais chama a atenção: Seres de outro mundo, sejam do além ou simplesmente do espaço.
No momento da conversa, na empolgação, ninguém teme nada, é como se fossem piadas sendo contadas aleatoriamente, depois vem a parte dos ruídos, seja o “tec tec tec” do portão ou ouvir algo se arrastar no quintal, aquilo que sempre umas duas pessoas ouvem e que provavelmente foi o vento lá fora, mas que para o momento faz do clima ainda mais propício para se chegar a um estado de choque comum, o medo.
Eu particularmente nunca tive medo de algo específico, a não ser o fogo, mas raciocinando sobre os últimos acontecimentos eu pude esclarecer, quando se contam essas histórias eu não sinto medo delas em si, eu sinto medo de sentir medo, engraçado não? Diferente, talvez. Eu não tenho medo de chegar a ver um vulto pelo vulto em si, mas porque um vulto deve transmitir medo, não tenho medo de estar abaixada na pia escovando os dentes e erguer a cabeça e ver algo no espelho por ter algo no espelho, o medo se dá antes mesmo disso, pelo simples fato de poder acontecer.
Aí você vem todo cético e me pergunta: “Mas você acredita nisso?”. Posso dizer claramente que as coisas mais bizarras que chegaram a me acontecer ainda não são suficientes para me causar espanto ou me convencer, talvez tenham suas explicações plausíveis, ou seja, de certa forma eu não acredito, mas não duvido. Não por achar que existe algo do além ou coisa assim, eu penso que nossa mente tem uma força inimaginável! Coisas inacreditáveis acontecem e algumas delas eu já presenciei, quando alguém deseja algo com muita convicção eu acredito que pode acontecer, seja o que for ou como for.
Talvez todos nós sejamos um pouco “bruxos” por assim dizer. Se uma pessoa acredita que se for a um centro espírita vai conseguir se comunicar com um ente querido já falecido, eu acho que essa pessoa realmente vai conseguir, porque ela espera isso, ela manda a sua energia que volta em forma de alguma outra energia. Posso estar errada em querer julgar tais acontecimentos a mente humana, existem mais coisas entre o céu e a terra do que o homem possa explicar, mas é a minha maneira de pensar.
Por isso acho que eu tenho medo do medo, porque o medo nos faz ver coisas, sentir coisas, até mesmo fazer coisas que não faríamos em um estado normal, mesmo que exista uma força além de nós ou alienígenas ou seja lá o que for, acho que ficamos muito mais aptos a ter contato com o que quer que seja quando nos permitimos uma fraqueza, e o medo não deixa de ser uma.
Vou usar uma teoria básica, você nunca esbarra sua orelha em nada, ou esbarra e não percebe, até que resolve colocar um piercing, depois parece que vira alvo, a toalha prende, a roupa raspa, as pessoas batem sem querer, talvez tudo isso já acontecesse antes, mas como você não tinha com o que se preocupar passava sem notar. É a mesma coisa com o medo, às vezes coisas estranhas podem acontecer no seu dia a dia, como coisas desaparecerem misteriosamente e depois aparecerem em lugares quase impossíveis ou ouvir alguém te chamar quando está sozinho em casa, mas como você não tem medo tudo passa como se fossem “impressões”, a partir do momento que o medo surge qualquer ranger de porta o faz ficar atento.
O que fazer em momentos como esse? Depende, alguns acham que fazer alguma oração ou meditar pode melhorar, alguns não querem ficar sozinhos, mas na verdade todos os caminhos levam a apenas duas escolhas: ou você vence o medo, ou aprende a conviver com ele.

domingo, 11 de julho de 2010

Suco de Laranja Mecânica.


Para quem tinha alguma dúvida, a Fúria nada furiosa ganhou o título de campeã do mundo 2010. Fica claro que a Copa acabou para os brasileiros assim que a nossa seleção fez as malas e voltou para casa, porém ainda existiu uma minoria que teve a paciência de sentar frente à televisão para torcer que a Holanda ganhasse e assim, ao menos, o Brasil teria perdido para o campeão, ou ainda torcer para a Espanha por raiva da Holanda ter tirado o Brasil.
Confesso que eu estava torcendo para a Holanda, mas não me atrevi a assistir esse jogo ao qual eu já sabia que ia virar laranjada, apenas acompanhei pela internet. E mesmo estando ligada apenas virtualmente eu pude notar que se a arbitragem fez a Espanha chegar até a final, com toda certeza cumpriu seu papel da melhor forma possível e ajudou e muito nessa vitória.
Para quem ainda discorda, como foi que a Espanha conseguiu eliminar a Alemanha? Ou a pergunta deveria ser, por que a Alemanha jogou tão mal no jogo contra a Fúria, mas resolveu jogar com garras para alcançar o terceiro lugar? Ou ainda, como foi que a Espanha conseguiu vencer a Holanda, que até então não havia perdido uma partida se quer? As perguntas ficam no ar.
Pelo menos agora nenhum brasileiro vai poder dizer que o Brasil vendeu o jogo para Holanda, como justificativa de ter jogado tão mal aquele segundo tempo. Não teria sentido vender um jogo para o país não campeão, certo? E muito menos sentido teria conseguir fazer dois gols no primeiro tempo (mesmo que um tenha sido impedido), para resolver deixar a Holanda ganhar no segundo.
Mas, seja para o bem ou para o mal, a Fúria conseguiu fazer suco de Laranja Mecânica, mesmo que para isso tenha usado um “espremedor”. O que nos resta é esperar 2014 e ver se realmente é verdade o que dizem: O Brasil teria que perder esse ano para poder ganhar em casa.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Racionamento de... Energia? o.O


Você está sentado no sofá assistindo um jogo de futebol, quarenta e num sei quantos minutos do segundo tempo, o jogo está empatado, a decisão é difícil, de repente “puff”, a energia acaba! Ou ainda você está no computador digitando um trabalho não salvo e a energia “puff”, acaba também! O mais estranho? O sol está brilhando lá fora, nenhum sinal de chuva, nenhum sinal se quer de que vá chover mais tarde.
Parem de desligar seus computadores da tomada ao ouvir os trovões, que tal não ligá-los mais? Porque provavelmente a CPFL não vai pagar aquele seu HD queimado e muito menos trazer de volta suas fotos, vídeos, programas e etc. Mas tudo bem, você ainda pode... O que se faz em pleno século XXI sem energia mesmo?
Que tal acender um par de velas e tricotar, ou ainda apagar o par de velas e perder a tarde toda dormindo? Vamos trocar a noite pelo dia, ao menos quando se diz noite a energia não acaba, ou acaba? Realmente, sexta-feira da semana passada, dia 2 desse mesmo mês se você estava dentro do cinema assistindo o nada clássico “Eclipse”, terceiro filme baseado nos livros de vampiros purpurinas da Stephenie Meyer, com toda certeza perdeu o seu dinheiro curioso para saber o final, ou ainda se você pretendia entrar na sessão coruja das 23:30, provavelmente recebeu o comunicado de que poderia ir um outro dia assistir porque parte do centro da cidade esteve sem energia.
Devo comentar que a energia retornou às 23 horas, tempo suficiente para reabrir o cinema e vender pipoca para algumas pessoas, lucrar um pouco quem sabe. Mas tudo bem, se os da sessão que sofreu um apagão inexplicável saíram no prejuízo os outros tiveram chance de poder assistir qualquer horário e qualquer dia o filme dublado naquele som extremamente horrível do nosso cinema. Que tal sábado, dia 3 na sessão das 23:30? Depois de, obviamente, ter passado à tarde no local pra garantir que poderia pegar essa sessão. “Não compensa abrir o cinema para três pessoas, o filme é muito caro e o consumo de energia sai alto”.
Nós fazemos o possível, tendo a opção de ir para um cinema de verdade a meia horinha daqui (Ribeirão Preto), com direito a assistir filmes em 3D, legendados ou pelo menos, se dublados, com som digno e todos os recursos extras, comendo uma pipoca bem mais saborosa ou ainda tomando um milk-shake do Bob’s, por que nos preocupamos em ir a um cinema oposto mesmo? Para não acontecer o mesmo de antes, para não fecharem o cinema e ficarmos “sem o que fazer” novamente? Francamente? Prefiro ficar em casa jogando tower defense.
Sinceramente? Eu já não sei se a energia que sai cara demais ou se as pessoas que têm preguiça de trabalhar.